quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

As primeiras idas a São Paulo


          Era hora de começar a arrumar as malas e ir, pela primeira vez, pra São Paulo. Tudo era motivo de festa, afinal eu tinha um doador.
  Arrumávamos as malas, enquanto minhas irmãs diziam que eu tinha que ir bem bonita "pra zoropa". Kkkkkk! Era a maior diversão. Sempre foi assim. Quando estávamos juntos, era tudo mais engraçado. Rìamos do nada. Era muito mais fácil continuar. Graças a Deus. 
       Meu cachorro era uma criaturinha inexplicável. Não sei se ele entendia que íamos viajar, mas de vez em quando vinha até a porta do quarto, abria ficava nos olhando. Como se dissesse: "Vou sentir saudades!". Não sei. Sempre achei que quisesse dizer isso.
    Tudo pronto! Malas arrumadas, documentos em mãos, tudo certo pra viajar. Papai foi nos deixar. Pude sentir ele nervoso, apesar de sempre se mostrar confiante. Meus irmãos também foram. Nos despedimos e entramos pra fazer check-in. E assim começava a aventura.
          A viagem era longa. Faríamos conexão em Basília, Congonhas e Bauru. Chegando em Congonhas soubemos que não poderíamos continuar o voo, pois a pista de Bauru estava fechada devido ao tempo chuvoso. Tínhamos duas opções: ficaríamos esperando liberar a pista ou seguíamos viagem de ônibus. Seguimos de ônibus. Chovia muito durante a viagem. Quando estávamos chegando em Bauru, entramos em contato com a uma das acompantes de um paciente da nossa cidade. Ela arrumou tudo para nossa chegada. Quando chegamos o taxista estava a nossa espera e fomos pra Jaú. Enfim, chegamos e nos acomodamos na Casa de Apoio Infantil.
        Em outra viagem, nosso voo atrasou e o perdemos. Tivemos que ir para o hotel. Tudo era novo pra gente. Nos arrumamos, comemos e dormimos. A noite mamãe desceu pra arrumar nossa janta. O único problema era que quando ela retirasse o cartão de acesso do quarto, tudo apagaria. E como eu não ia descer, fiquei no escuro. Kkkkk. Mas foi tranquilo. Mamãe não demorou. 
        E em mais uma viagem, fizemos todo o trajeto e chegando em Bauru, começou a chover. Como eu  ia descer? Na ida até o desembarque era tudo aberto. Nesse tempo ainda não tinha capa de chuva e não podia pegar chuva de jeito nehum. Até que a comissária de bordo teve a brilhante ideia de me cobrir com saco de lixo. Kkkkk! Sim. Saí do avião dentro de saco de lixo. Embalada até os pés. Desde aí aprendi a levar a capa de chuva. A taxista que sempre implica comigo quando vou. Ela diz que vai se preparar pra quando eu chegar, pois é chuva na certa. Kkkkkk.

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