terça-feira, 24 de outubro de 2017

Preparativos para a viagem - 30/10/17

Hello!

     Todos os anos quem me acompanha nos retornos a Jáu, é minha tia Iranei. Mas esse ano aconteceu que a titia não vai poder ir, por motivo de trabalho.
     O problema seria quem poderia ir comigo. A mana trabalha. Houve uma vez, em que não liberaram para que ela fosse. Mas graças a Deus, dessa vez, deu certo.
     Quando fui, ano passado, foi uma luta para eu receber a ajuda de custo. O problema era porque o Complexo Regulador tinha definido uma agência bancária para o saque e fazer o cadastro para emitir um cartão, para as próximas viagens. Fiz tudo certinho e tinha que voltar pra pegar o cartão. A primeira vez que fui, ainda não tinha chegado. Então deixei para ir mês passado (09/2017). Quando chegamos lá, descobrimos que não tinha mais a agência naquele local (shopping). E agora?!
     Papai, a mana e eu, rodando ali dentro, perdidos. Quando digo perdidos, é perdidos mesmo. kkk. Eu sabia qual era o andar da agência, mas eu entrava com a cadeira, de costas para a porta, e não via qual andar papai apertava. Até que a gente ia entrando, pela terceira vez, no elevador, e apertei. Mas não vi que papai tinha entrado primeiro. Nem a mana viu também. Ela acabou "atropelando" o papai. Passando por cima do pé dele com a cadeira. 😂
     De lá mesmo liguei para o Complexo Regulador, mas ninguém atendia. Por alguma razão, eles me ligaram para confirmar a data da consulta e acompanhante. Expliquei a situação do cartão e da acompanhante. A moça pediu para que eu fosse o quanto antes, levar os documentos da mana e uma declaração, justificando a troca. E levar meu cartão bancário pessoal, para cadastrar no sistema e poder receber a ajuda de custo. Graaaaaças a Deus eu já tinha. No dia de levar os documentos da mana, não achávamos o cartão do SUS dela. Pensa no desespero? Kkkkk. Enfim, encontramos e fui deixar. Deu tudo certo. 
     Pensei que seria bem mais complicada a troca de acompanhantes. Afinal, tudo é burocrático. Pegaremos as passagens, no Complexo Regulador, no dia 26. E aí saberemos a data da viagem. A consulta será dia 30/10/17. Ainda encontrarei dois amigos. 😍💛
     Ansiedade já está batendo. Apesar de tudo, amo aquele lugar!

Até mais! 

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Coisas que Aconteceram Depois do Transplante

     Oê!

    Depois que mamãe faleceu, continuei com todos os cuidados, todas as medicações e restrições. Segui corretamente o tratamento. O cabelinho cresceu bem rápido até. Nem curti muito minha fase careca. 
4 meses

8 meses

11 meses
     A cada mês que chegava, era uma vitória. Exames com taxas normais. Cada ida mensal a Jaú era uma série de perguntas que eu levava, querendo saber o que poderia comer, fazer... A cada mês liberavam um pouquinho. A felicidade foi quando descobri que poderia usar desodorante. Gente de Deus! kkkk. Eu tinha pomadas e tudo que poderia passar pra amenizar a situação. Mas nada melhor do que o velho e bom desodorante.
     Quando eu estava com 6 meses, não sei o que pode ter acontecido, mas accordei estrábica. Lembro de ter tido uma boa noite de sono, apesar dos enjoos. E pela manhã, para meu desespero, estava vendo tudo dobrado. Levantei e nada de passar. Liguei para o Dr. Rodrigo e logo ele me encaminhou para o hospital 28 de Agosto. Fiz vários exames, de sangue, do fundo do olho, tomografia e não tinha alteração alguma. Mandaram-me para casa. Ao final do dia já estava quase 100% normal. Mas esse dia ficou marcado. Só lembrava do vovô, dizendo: Menina, para de fazer isso (ficar vesga), porque se o vento der, tu vai ficar assim. Sinto em dizer, vô, mas era verdade. kkkkkkk.


Estrábica (mana ao fundo, arrumando as coisas pra eu consultar)
     Outra coisa foi ter que tirar a vesícula. No final de 2014, tive uma crise muito forte. Passei um tempo tomando medicação para desinflamar e conseguir marcar consulta. Até que marcassem a cirurgia. Foi uma complicação. Passei por cirurgia, mas um cálculo ainda ficou na via biliar. Tive que manter o dreno por 2 meses até conseguir marcar uma CPRE. Nessa fase, minha preocupação foi dar alguma complicação com o transplante, Mas médicos liberaram, tanto o daqui, de Manaus, quanto o de Jaú. Graças a Deus, deu tudo certo. A preocupação maior mesmo era eu estar tanto tempo com o dreno na barriga. Emagreci muito. Sentia muitas dores, pelo dreno ter tracionado (saído do lugar), com isso eu tinha que estar empurrando de volta pra que ele não saísse de uma vez. Tomava muitos remédios. Não consegui comer, nem dormir direito. Até que chegou o dia de fazer a CPRE. Logo estava em casa e sem o dreno. Graças a Deus. 


Dia de internar para tirar a vesícula

Dia da alta
      Ano passado (2016), na consulta em Jaú, minha pressão alterou. Estava 16x10. Tomei medicação e trouxe para tomar em casa. Ao fazer o acompanhamento em Manaus, deu mais uma alteração, estava dando baixa: 9x6. A doutora suspendeu o remédio. Estou fazendo o mapa, mas continua dando alta: 15, 14x10 - 13x9. Vou voltar com ela para consultar. 
     Recentemente, eu e minha irmã fomos para Boa Vista/RR. Alguns dias depois, pegamos Chikungunya. Mais uma vez o medo de complicações. Fomos ao Hospital Geral. Não sei nem decrever a sensação de entrar ali novamente, A última vez em que estive lá, foi quando fui tranferida para Manaus, com a suspeita de Aplasia. Nem imaginava que eu teria que entrar lá outra vez. Graças a Deus, foi por uma situação com menos risco. Fomos consultadas, medicadas e pelo meu diagnóstico, fiz exames de sangue, para ver como estavam as taxas. E todas estavam normais, mesmo tendo baixado um pouco. Tive coceira nas mãos, fiquei com umas manchas vermelhas no corpo, muita dor de cabeça, nos olhos e articulações. Mesmo depois de 2 meses, ainda tenho dores no corpo.
     Antes da Chikungunya, apareceu uma dor no meu dedo indicador, no lado esquerdo da mão. Ainda não sei o que é. Mas a doutora já pediu exames e estou esperando o resultado para voltar com ela. A suspeita é tendinite.
     Pelo que me lembro, de 2012 para cá (2017), essas foram as coisas que me mais me deixaram apreensivas em relação ao transplante. 
     Ainda tenho que voltar com o ortopedista, para fazer fisioterapia, ou mais cirurgias na perna. Mas, por enquanto, ainda não quero cirurgia. Passei quase a vida inteira dentro de hospital, quero dar uma pausa. Mas ainda tenho vontade de fazer mais, para caminhar melhor. No futuro, mas tenho.

Boa noitê!
     

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Momento Marcante e Saudoso!

     Hi, pessoas lindas!

     Depois de dois anos sem postar, vim contar mais um momento marcante e saudoso!

     Em minha última postagem, estava voltando para casa. Sim! 😍 Foi lindo e maravilhoso! Aproveitamos a chegada até mamãe começar uma rotina de exames e consultas.
Ainda em Jaú, mamãe perdeu peso muito rápido. E sentia dores demais na barriga. Eu, fraca, e ela querendo que voltássemos logo para casa, não deixou que eu chegasse a comentar com os médicos, o surgimento dessa dor. Porque ela queria voltar comigo, como tinha prometido. Dias se passaram e ela cada vez mais magra, mas mesmo assim continuava a cuidar de mim. Até voltarmos para casa.
     Logo ela procurou um médico para entender o que estava acontecendo. Começaram exames, consultas... Ela cada vez mais abatida...
     O bom era que, como estávamos em casa, tinha quem cuidasse de mim. Mas mãe é um ser divino! Ela queria estar no meio, saber o que estava acontecendo, como estavam fazendo as coisas, mesmo que a dor lhe incomodasse.
     Depois de vários exames, veio a confirmção. Mamãe estava com câncer. Foi uma notícia que nos tirou o chão. No primeiro momento, você não sabe como reagir, o que falar, o que sentir... Depois você para e pensa: "Ela pode fazer o tratamento e ficar bem", como no meu caso. Mas ela insistia em dizer que ela era mais fraca, que não tinha tanta força. Tentávamos fazer com que ela acreditasse, que tudo poderia dar certo.
     O médico optou pela cirurgia. Ela se preparou para internar. Se despediu de mim e disse que logo estaria de volta. Desejei sorte e que Deus a abençoasse. E foi para o hospital.
     Nesse período, em que ela estava internada, eu também internei. Creio que pela preocupação, tive Herpes Zoster. Fiquei uma semana no HEMOAM. E voltei para casa.
     Somente quando ela estava na cirurgia, é que tiveram total visualização do tamanho do tumor. Já tinha comprometido rim, onde teve início, parte do fígado, costela... Ela saiu da sala de cirurgia e foi para a UTI. Logo saiu e foi para a enfermaria. Ficamos preocupados com o pós-cirúrgico e pelo rim bom não estar funcionando normalmente.
     Logo chegaria o Dia das Mães. Estávamos animados para visitas. Eu não poderia ir, claro. Continuava com toda restrição. Mas minhas irmãs e papai iam. Mas no dia, logo pela manhã, nossa tia que estava a acompanhando, ligou para dizer que não fôssemos, que mamãe estava cansada e que poderia se emocionar. Ficamos apreensivos. E na segunda, 14 de maio de 2012, mamãe faleceu. Nem acreditFicamos transtornados. Foi a maior perda de nossas vidas! Em todos os sentidos! Lembro com detalhes de tudo que aconteceu neste dia e no dia seguinte. Foi uma dor imensurável.
     Eu tinha que tentar me manter forte, por causa do transplante, dos meu irmãos e papai, e meus avós. Assim como todos tentavam se manter forte, preocupados comigo também. Foi muito difícil! Ainda é, na verdade!
     Daqui a alguns dias ela estaria completando mais um ano de vida. Agora é o céu que fica em festa, pois mamãe era e continua sendo uma pessoa linda, por dentro e por fora. uma pessoa que se destacava em meio a outras. Sempre tímida, mas com uma alma encantadora e única! Um ser iluminado! Tem que dias que a vontade de chorar invade e a saudade permanece! O que nos consola é saber que ela nos deixou somente coisas boas, muita positividade e nos criou de forma com que nos orgulhamos de ser quem somos! Gratidão eterna pelo anjo que tivemos a honra de chamar de Mãe!

Obrigada, mãe!