segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Coisas que Aconteceram Depois do Transplante

     Oê!

    Depois que mamãe faleceu, continuei com todos os cuidados, todas as medicações e restrições. Segui corretamente o tratamento. O cabelinho cresceu bem rápido até. Nem curti muito minha fase careca. 
4 meses

8 meses

11 meses
     A cada mês que chegava, era uma vitória. Exames com taxas normais. Cada ida mensal a Jaú era uma série de perguntas que eu levava, querendo saber o que poderia comer, fazer... A cada mês liberavam um pouquinho. A felicidade foi quando descobri que poderia usar desodorante. Gente de Deus! kkkk. Eu tinha pomadas e tudo que poderia passar pra amenizar a situação. Mas nada melhor do que o velho e bom desodorante.
     Quando eu estava com 6 meses, não sei o que pode ter acontecido, mas accordei estrábica. Lembro de ter tido uma boa noite de sono, apesar dos enjoos. E pela manhã, para meu desespero, estava vendo tudo dobrado. Levantei e nada de passar. Liguei para o Dr. Rodrigo e logo ele me encaminhou para o hospital 28 de Agosto. Fiz vários exames, de sangue, do fundo do olho, tomografia e não tinha alteração alguma. Mandaram-me para casa. Ao final do dia já estava quase 100% normal. Mas esse dia ficou marcado. Só lembrava do vovô, dizendo: Menina, para de fazer isso (ficar vesga), porque se o vento der, tu vai ficar assim. Sinto em dizer, vô, mas era verdade. kkkkkkk.


Estrábica (mana ao fundo, arrumando as coisas pra eu consultar)
     Outra coisa foi ter que tirar a vesícula. No final de 2014, tive uma crise muito forte. Passei um tempo tomando medicação para desinflamar e conseguir marcar consulta. Até que marcassem a cirurgia. Foi uma complicação. Passei por cirurgia, mas um cálculo ainda ficou na via biliar. Tive que manter o dreno por 2 meses até conseguir marcar uma CPRE. Nessa fase, minha preocupação foi dar alguma complicação com o transplante, Mas médicos liberaram, tanto o daqui, de Manaus, quanto o de Jaú. Graças a Deus, deu tudo certo. A preocupação maior mesmo era eu estar tanto tempo com o dreno na barriga. Emagreci muito. Sentia muitas dores, pelo dreno ter tracionado (saído do lugar), com isso eu tinha que estar empurrando de volta pra que ele não saísse de uma vez. Tomava muitos remédios. Não consegui comer, nem dormir direito. Até que chegou o dia de fazer a CPRE. Logo estava em casa e sem o dreno. Graças a Deus. 


Dia de internar para tirar a vesícula

Dia da alta
      Ano passado (2016), na consulta em Jaú, minha pressão alterou. Estava 16x10. Tomei medicação e trouxe para tomar em casa. Ao fazer o acompanhamento em Manaus, deu mais uma alteração, estava dando baixa: 9x6. A doutora suspendeu o remédio. Estou fazendo o mapa, mas continua dando alta: 15, 14x10 - 13x9. Vou voltar com ela para consultar. 
     Recentemente, eu e minha irmã fomos para Boa Vista/RR. Alguns dias depois, pegamos Chikungunya. Mais uma vez o medo de complicações. Fomos ao Hospital Geral. Não sei nem decrever a sensação de entrar ali novamente, A última vez em que estive lá, foi quando fui tranferida para Manaus, com a suspeita de Aplasia. Nem imaginava que eu teria que entrar lá outra vez. Graças a Deus, foi por uma situação com menos risco. Fomos consultadas, medicadas e pelo meu diagnóstico, fiz exames de sangue, para ver como estavam as taxas. E todas estavam normais, mesmo tendo baixado um pouco. Tive coceira nas mãos, fiquei com umas manchas vermelhas no corpo, muita dor de cabeça, nos olhos e articulações. Mesmo depois de 2 meses, ainda tenho dores no corpo.
     Antes da Chikungunya, apareceu uma dor no meu dedo indicador, no lado esquerdo da mão. Ainda não sei o que é. Mas a doutora já pediu exames e estou esperando o resultado para voltar com ela. A suspeita é tendinite.
     Pelo que me lembro, de 2012 para cá (2017), essas foram as coisas que me mais me deixaram apreensivas em relação ao transplante. 
     Ainda tenho que voltar com o ortopedista, para fazer fisioterapia, ou mais cirurgias na perna. Mas, por enquanto, ainda não quero cirurgia. Passei quase a vida inteira dentro de hospital, quero dar uma pausa. Mas ainda tenho vontade de fazer mais, para caminhar melhor. No futuro, mas tenho.

Boa noitê!
     

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