terça-feira, 11 de agosto de 2015

Hora de Voltar para Casa

          Depois de tantas medicações, exames e consultas, chegou o dia em que o médico me perguntou: "Quer ir pra casa?" E fiquei pensando: "Sério?! Será que é verdade?!" E respondi: "Se o senhor achar que eu já posso ir, eu quero." Kkkkkk. Era claro que eu queria. Ele disse que eu já ia, mas passou um infinito de recomendações com as medicações que ainda teria que tomar, com a comida, água, principalmente... Enfim, tudo o que precisaria nessa fase pós-transplante.
          Voltamos para a pousada para nos arrumarmos e nos despedirmos da Marlene, acertar as coisas com a dona da pousada e tudo o mais.
          Mamãe estava cada vez mais cansada, mas não parava um instante. Parecia uma formiguinha. E eu ajudava no que podia, arrumar as roupas para caber nas malas, procurar um jeito melhor de arrumar tudo. Afinal, ainda estávamos levando presentes para a turminha.
        Acertamos tudo com o TFD de Manaus, sobre nossas passagens de volta e, também, com a taxista.
            Estava tudo pronto para voltarmos e descansar em nossa casa, junto com nossa família. A ansiedade e saudade estavam "falando" cada vez mais alto. Não víamos a hora de olhar no rostinho de cada um de casa e até do filhote, o Floquinho.
          Começamos a nossa despedida pelas meninas da casinha, Adriana e Érica, depois na pousada e quem encontrássemos pelo caminho. Uma felicidade sem fim. Pensávamos até que Marlene iria embora conosco, mas ela ainda não estava bem o suficiente para voltar para casa. Aliás, nem eu estava, mas Marlene estava tendo problemas com a medicação e teria que ficar mais um pouquinho. Ela, com certeza, foi mais um anjo para nós. Entrou em nossas vidas em um momento em que mamãe e eu estávamos muito frágeis e desanimadas. Ela chegou para alegrar nossos dias. Foi muito bom o tempo em que ficamos juntas.
         Saímos de Jaú na manhã do dia 5. A companhia aérea que o TFD comprava nossas passagens era a Gol e tinham muitas conexões: Bauru-Congonhas, Congonhas-Brasília e Brasília-Manaus. Era muito cansativo. Chegávamos em Manaus na madrugada. Até que a viagem foi tranquila, mesmo com meus enjoos e vômitos. Graças a Deus. A sensação de sobrevoar Manaus na madrugada, sabendo que logo estaríamos em casa, depois de 3 meses fora, não há palavras no mundo que defina o que sentimos. Não sei se eu agradecia, ria ou chorava. Ver papai, então... Nem sei como expressar. Pegamos nossas malas e fomos para casa. Ao chegar em casa, o primeiro a me receber foi o aquele sem vergonha do Filhote. kkkk. Quanta saudade! Parece que a qualquer momento ele iria começar a falar. Depois foram os meninos. E novamente a vontade de rir e chorar e sei lá mais o quê invadiam meu ser. Mamãe me acompanhava com as mesmas emoções.
          Comemos um pouco, estávamos cansadas, com sono, mas felizes. Finalmente estávamos em casa e com a família.


Cabelinho começando a crescer. Haha
          Beijinhos, pessoal!